4 de dezembro de 2011

Confundo-me, porque às vezes não sei distinguir verdades de mentiras e mentiras de verdades encobertas. Não sei avaliar as pessoas, nem sei se as quero avaliar, tento não fazer juízos de valor mas sou demasiado óbvia. Outras vezes sei exatamente como aquela pessoa é, na essência. Assim, por experiência. Mas, teimosamente, acredito primeiro na máscara, e é uma cena mesmo clara que toda a gente percebe que é máscara menos eu e depois no meio da conversa atinge-me e realizo, de facto (fato não sou capaz), faz todo o sentido.

E há muita gente virgem, parece que não, ou parece que sim porque é estranho imaginar, mas são. Podiam até não ser, se calhar já houve oportunidade, mas não ocorreu. Acaba por ser bastante indiferente.

Por isso é que me confundo, porque tenho preconceitos e eles não encaixam em mim, pelo menos não quero que encaixem, por favor, já superei essa fase. A fase de duvidar de mim. Da perspicácia.

Hoje ignorei a questão mais importante.
Pensei: um dia, eventualmente, vou ter que abandonar a infância, ou a adolescência, não sei em que ponto é que está, confundo-me com isso também e não sei se é uma coisa natural ou são efeitos de experiências pontuais.

Se calhar nunca mais vou passar o verão de papo para o ar. Provavelmente, um inter/intra/somewhererail vai ter que ficar para depois, depois quando, depois aparecem outras coisas e acumulam e vai sendo cada vez mais difícil voltar atrás.

Só que eu sei que nunca assumi os sacrifícios, e não sei se tenho o direito de continuar a fazê-lo. Isto foi uma escolha minha.

Percebi que o tempo não volta atrás, era bom saber antes aquilo que sei agora. Mais vale tarde, e ainda é cedo. Em frente.

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